As constantes mudanças enfrentadas atualmente, em todos os âmbitos da sociedade, exigem que todos estejam em um processo contínuo de evolução, adaptação e aprendizado. Em todos os papéis, é preciso perceber o que vem mudando à nossa volta e o que precisamos mudar em nossa forma de agir. 

Quem desempenha o papel de líder deve desenvolver novas habilidades, que um dia nunca seriam esperadas de alguém em posição de comando. Uma liderança humanizada, reconhecendo as qualidades e dificuldades da equipe, tem se mostrado essencial para o bom funcionamento das organizações no século XXI e, principalmente, para pessoas mais motivadas e inspiradas a darem o melhor de si. 

O distanciamento entre a instituição (representada pelo líder) e seus colaboradores é um dos principais problemas notados nos ambientes de trabalho, devido à cultura do medo instaurada em muitas organizações. A concepção de um líder inalcançável não condiz com o momento em que estamos. 

As pessoas precisam, sim, de orientação, de alguém para nortear o que está sendo produzido e pensar no interesse do coletivo e da organização, mas isso pode – e deve – ser feito de forma humana. É este o objetivo da liderança horizontal, onde o líder trata seu time de igual para igual. 

Um dos pilares da liderança horizontal é a flexibilidade. Cada vez mais, vemos pessoas de diferentes culturas, gerações e classes inseridas em um mesmo ambiente, e o líder precisa ser aquele que sabe lidar com as adversidades enfrentadas no cotidiano, para que possa obter engajamento e comprometimento por parte de todos. 

Neste modelo, a tomada de decisões acontece de forma mais participativa e compartilhada, e o time percebe que tem voz dentro do projeto, desenvolvendo um sentimento de pertencimento. O líder, entretanto, segue tendo o papel de orientar e motivar. 

Para alcançar o resultado esperado ou superá-lo ao dirigir um filme, por exemplo, preciso que todos estejam apaixonados pelo projeto, do elenco à equipe, passando por cada pessoa envolvida, começando por mim. Para comandar um time, é preciso entender a importância de cada uma daquelas pessoas para o resultado final. 

Como diretor, quando estou produzindo um filme, série ou novela, meu trabalho é também saber tirar o melhor de todos dentro do set. Tenho que aproveitar o potencial de cada pessoa envolvida na produção de forma positiva, além de reconhecer a melhora e o esforço de todos inseridos naquela temática. 

A equipe precisa ser estimulada, e um líder de verdade é aquele que inspira e influencia positivamente todos a seu redor. Liderar não é apenas dar ordens, é conquistar a confiança das pessoas com quem se trabalha. 

Ser líder não é ter a sala maior ou a cadeira com seu nome, é honrar a responsabilidade de gerir uma equipe de forma que os resultados sejam positivos e que todos estejam motivados e satisfeitos com o ambiente em que estão inseridos. 

Uma pessoa estimulada profissionalmente, que entende seu valor para o local onde está, é mais feliz e consegue produzir mais, tanto em sua vida profissional quanto na pessoal. 

Para alcançar um ambiente equilibrado, saudável e produtivo, a relação entre o líder e os liderandos deve ser positiva, com respeito mútuo e confiança. A única forma de atingir este objetivo, por experiência própria, é por meio da liderança horizontal. Se seu objetivo é inspirar e melhorar a produtividade de sua equipe, este é o caminho.